sexta-feira, 23 de março de 2012

Dia 21/03 também foi dia da Internacional da Poesia



Poesia, tão necessária nos dias de hoje
poesia que nos inspira
poesia que nos liberta
poesia que nos une!
Durante está semana foi comemorado o dia Internacional da poesia, então postamos nesta sexta-feira no blog a poesia e um pouco da história de Ferreira Gullar.

Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira é poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo.
Segundo a Revista Bravo um autor que atravessou todos os momentos da poesia brasileira e assegurou seu lugar entre os grandes do século 20. 


"Sobre Ferreira Gullar, ninguém menos que Vinicius de Moraes escreveu, em 1976, que se tratava do "último grande poeta brasileiro". Na época, o maranhense estava exilado em Buenos Aires, depois de cumprir um longo périplo — Moscou, Santiago, Lima — fugindo da mão pesada da ditadura militar. Ali, um ano antes, espremido entre os golpes no Chile e na Argentina, temendo "desaparecer" em meio à proliferação de ditaduras latino-americanas, Gullar tinha escrito a sua obra-prima, Poema Sujo (1975). Poema-limite, vertiginoso na evocação da São Luís da infância do poeta, das histórias, personagens e sensações prestes a mergulhar no esquecimento da morte, Poema Sujo levaria o nome de Ferreira Gullar, de fato, ao panteão mítico dos grandes nomes da poesia brasileira, ao lado de Murilo Mendes, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e — à parte a modéstia do próprio — Vinicius de Moraes."




"Dois e Dois são Quatro"

Como dois e dois são quatro 
Sei que a vida vale a pena 
Embora o pão seja caro 
E a liberdade pequena 
Como teus olhos são claros 
E a tua pele, morena 
como é azul o oceano 
E a lagoa, serena 

Como um tempo de alegria 
Por trás do terror me acena 
E a noite carrega o dia 
No seu colo de açucena 

- sei que dois e dois são quatro 
sei que a vida vale a pena 
mesmo que o pão seja caro 
e a liberdade pequena.

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